quinta-feira, 13 de novembro de 2014



Mais difícil do que deixar pra depois,
é saber que não se pode mais adiar.
Sou a única culpada da realidade.
Fiz o que tinha que fazer, me entreguei ao incerto e agora sofrerei as consequências.

Novamente o silêncio, meu amigo presente de todas as noites,
Dessa vez ele me traz o nó na garganta, lágrimas nos olhos e um toque de arrependimento no ar.
Sinto que se pudesse voltar ao passado, cometeria a mesma tolice.
Conheço-me.

Não sou capaz de trocar o prazer de desvendar o incógnito,
mesmo sabendo que o efeito colateral será lamentável.
Mas lamentável mesmo é a situação em que me encontro,
agoniante perceber que não sou capaz nem de findar meu próprio relacionamento.

Ah se ele soubesse! Seria o primeiro a querer encerrar com tudo.
Como é lastimável a inocência do próximo.
Mas lastimável mesmo sou eu, que deixo essa inocência existir.

Triste é se sentir suja, desalento maior ainda é ser suja com alguém que lhe jura amor.
Amor? É.
Estou desafiando o destino, arremessando o amor no lixo.
Mais difícil do que deixar pra depois, é tentar entender que não existe depois sem você.

Sim, é clichê.

0 comentários:

Postar um comentário